As luzes de Natal que enfeitam a cidade de Lisboa durante a época natalícia foram usadas para um novo protesto contra as alterações climáticas.
No passado sábado, dia 7, um grupo de ativistas desligou algumas luzes e enfeites de Natal na Alameda Dom Afonso Henriques, Avenida da Liberdade e na Baixa-Chiado, culminando com o corte temporário das luzes da árvore de Natal do Terreiro do Paço.
Podes ver os bastidores e os principais momentos desta ação no vídeo criado pelos próprios participantes, disponibilizado na conta do X da Climáximo.
Os ‘culpados’ do costume
Ao contrário de outros protestos com o selo da Climáximo, que normalmente causam transtornos diretos à população ou a imóveis, o protesto de sábado não provocou “qualquer dano" nas instalações luminosas e visou sobretudo deixar um alerta para as pessoas “ouvirem a mensagem mais importante desta década e entrarem em resistência climática”.
Maria Mesquita, porta-voz desta ação, deixou alertas para os riscos que a humanidade enfrenta, explicando num vídeo - e em comunicado da Climáximo -, o que tem movido estes protestos:
“Há pouco mais de um mês, 250 pessoas morreram em Valência em cheias catastróficas provocadas pela queima de combustíveis fósseis. Em Valência, centenas de famílias terão um lugar vazio à mesa de Natal. Eles, os governos e as empresas que continuam a queimar combustíveis fósseis, estão a tornar o planeta num verdadeiro inferno. E nós, as pessoas comuns, temos de entrar em resistência e travá-los, já”, afirmou em comunicado da Climáximo divulgado pela SIC Notícias.
Além de desligarem as luzes da Árvore de Natal que serve como uma das principais atrações desta época em Lisboa, na ação de protesto do Terreiro do Paço os ativistas acenderam ainda uma mensagem de "resistência climática".
“Eles, os governos e as empresas, declararam guerra à sociedade e ao planeta e cada catástrofe climática é mais uma prova do abismo para o qual eles nos estão a guiar” referiu o movimento, com a porta-voz do movimento a deixar mais um desafio: "A melhor prenda que se pode oferecer este Natal é entrar em resistência".